De acordo com Antônio Fernando Ribeiro Pereira, o poder da IA no governo está em sua capacidade de automatizar tarefas repetitivas, antecipar cenários e apoiar decisões com base em evidências, sem substituir a responsabilidade humana. A administração pública ganha maturidade quando trata algoritmos como instrumentos de política pública, e não apenas como modismos tecnológicos. Nesse contexto, cada modelo de IA precisa estar conectado a objetivos claros: reduzir filas, encurtar prazos e melhorar o atendimento.
Quando essa lógica prevalece, o Estado deixa de reagir aos problemas e passa a agir com planejamento, previsibilidade e foco no cidadão. Assim, a tecnologia se torna aliada da dignidade e não um filtro adicional de burocracia. Leia mais a seguir e entenda:
IA no governo e automação de processos críticos
IA no governo é, antes de tudo, organização inteligente do fluxo de trabalho. Sistemas capazes de ler documentos, extrair informações relevantes e classificar demandas reduzem o tempo gasto com tarefas mecânicas, liberando servidores para atividades de análise e atendimento qualificado. Assistentes virtuais podem orientar o cidadão nos primeiros passos, conferir documentação, indicar pendências e registrar solicitações sem filas presenciais.
Conforme informa o investidor e empresário Antônio Fernando Ribeiro Pereira, experiências de fábricas de software especializadas no setor público mostram que a automação só gera valor quando nasce com governança, trilha de auditoria e critérios de desempenho bem definidos. Em vez de “substituir pessoas”, a IA organiza tarefas, reduz retrabalho e diminui erros que antes exigiam retratação e novos deslocamentos do cidadão.
Análise preditiva e políticas baseadas em dados
IA no governo também significa ampliar a capacidade de antecipar riscos e direcionar melhor os recursos públicos. Modelos preditivos conseguem identificar tendências de crescimento de filas em hospitais, padrões de evasão escolar, pontos críticos em obras ou probabilidade de inadimplência em programas de crédito. Como aponta Antônio Fernando Ribeiro Pereira, com esses insumos, gestores conseguem priorizar investimentos, ajustar equipes e redesenhar processos antes que o problema se torne insustentável.

Em saúde, por exemplo, a análise inteligente de dados pode indicar regiões com maior risco de surtos, orientar campanhas de prevenção e organizar a regulação de leitos de forma mais eficiente. Na educação, algoritmos podem apoiar a identificação de estudantes em situação de vulnerabilidade, sugerindo reforço escolar ou acompanhamento psicossocial. Já na gestão financeira, modelos ajudam a detectar padrões de despesas atípicas e apontar contratos que merecem auditoria aprofundada.
Foco em ética, transparência e impacto social
IA no governo exige um compromisso firme com ética, transparência e responsabilidade no uso de dados. Não basta que o algoritmo funcione tecnicamente; é necessário que seja explicável, auditável e alinhado à legislação, especialmente às normas de proteção de dados. Na visão do investidor e empresário Antônio Fernando Ribeiro Pereira, não há poder legítimo de IA se o cidadão não souber, pelo menos em termos gerais, como as decisões automatizadas são tomadas e quais critérios são utilizados.
Além disso, a implantação de IA deve ser acompanhada de trilhas de capacitação para servidores, protocolos de governança de dados e fóruns interdisciplinares que reúnam juristas, técnicos, gestores e representantes da sociedade civil. Essa abordagem evita tanto o deslumbramento ingênuo quanto o bloqueio por medo do novo. Quando essa disciplina é respeitada, a IA deixa de ser uma caixa-preta e passa a ser uma ferramenta a serviço da justiça social e da eficiência institucional.
IA como alavanca de um Estado mais justo e inteligente
Em suma, o poder da IA no governo se revela quando ela deixa de ser um experimento isolado em um laboratório de inovação e passa a integrar o cotidiano da gestão pública. Segundo Antônio Fernando Ribeiro Pereira, automatizar processos críticos, apoiar decisões com dados e prever cenários de risco são dimensões complementares de um mesmo movimento: tornar o Estado mais capaz de cumprir sua missão.
Autor: Pavel Novikov
