No cenário atual do agronegócio brasileiro, Aldo Vendramin, empresário e fundador, apresenta que as certificações ambientais deixaram de ser um diferencial para se tornarem um requisito estratégico. Em cadeias produtivas cada vez mais pressionadas por consumidores, mercados internacionais e instituições financeiras, comprovar boas práticas ambientais, sociais e de governança é condição para acessar novos canais de venda, atrair investimentos e garantir competitividade no longo prazo.
Conforme elucida Aldo Vendramin, investir em certificações e em uma gestão ambiental bem estruturada é uma das formas mais inteligentes de preparar propriedades rurais para um futuro em que sustentabilidade e eficiência caminham juntas.
Venha saber mais das certificações, como elas funcionam e como implementá-las para transformar seu negócio no agro. Confira no artigo a seguir!
Certificações ambientais como ferramenta estratégica no campo
As certificações ambientais no agronegócio surgem como um selo de confiança que comprova, de maneira objetiva, que a propriedade segue padrões mínimos de responsabilidade com o solo, a água, a fauna, a flora e as pessoas. Elas organizam processos, registram rotinas, documentam boas práticas e criam indicadores que permitem ao produtor acompanhar sua própria evolução ao longo do tempo.
Ao adotar esse tipo de sistema, o gestor rural passa a ter uma visão mais clara dos impactos de suas atividades e das oportunidades de melhoria em cada etapa da produção, informa o senhor Aldo Vendramin.

Além disso, certificações bem implementadas ajudam a reduzir desperdícios, otimizar o uso de insumos, evitar passivos ambientais e preparar a propriedade para eventuais fiscalizações. Esse movimento reduz riscos jurídicos e econômicos, o que é essencial em um ambiente marcado por oscilações de preço, exigências regulatórias crescentes e maior escrutínio da sociedade. Em vez de enxergar a certificação como custo, cada vez mais produtores passam a percebê-la como investimento estruturante.
Padrões de sustentabilidade e exigências do mercado
O avanço das discussões sobre clima, desmatamento e uso racional de recursos naturais faz com que compradores, indústrias e exportadores passem a exigir comprovação de origem sustentável dos produtos agropecuários. Nesse contexto, Aldo Vendramin destaca que a propriedade que já está organizada, com documentação em dia, áreas de preservação regularizadas e processos produtivos mapeados, larga na frente na disputa por contratos mais estáveis e mercados de maior valor agregado.
Essa lógica se aplica tanto ao mercado interno quanto ao externo. Grandes redes de varejo, frigoríficos, tradings e cooperativas querem reduzir riscos reputacionais e, por isso, tendem a priorizar fornecedores que consigam demonstrar respeito às normas ambientais e trabalhistas. Certificações funcionam como uma espécie de “cartão de visita” técnico, que torna o produtor mais confiável aos olhos de parceiros comerciais e instituições financeiras interessadas em projetos de longo prazo.
Passos práticos para produtores que buscam certificações
Para quem deseja avançar em direção a uma certificação, o primeiro passo é conhecer o diagnóstico real da propriedade, dado que isso envolve mapear áreas produtivas, reservas legais, Áreas de Preservação Permanente, estruturas de armazenagem, manejo de resíduos e sistemas de irrigação, entre outros pontos. A partir desse retrato, torna-se possível identificar lacunas e prioridades, como necessidade de adequação documental, ajustes de infraestrutura, melhoria de registros ou formalização de procedimentos internos.
Em seguida, recomenda-se buscar apoio técnico especializado, seja por meio de consultorias, cooperativas, entidades de classe ou programas públicos. Segundo o senhor Aldo Vendramin, essa orientação é importante para escolher a certificação mais adequada ao perfil da atividade, ao tamanho da propriedade e ao mercado em que o produtor deseja atuar. Com metas claras, cronogramas bem definidos e engajamento da equipe, a transição para um modelo certificado ocorre de forma gradual, sem paralisar a produção e com ganhos consistentes ao longo do tempo.
Benefícios econômicos, reputacionais e de gestão de risco
Os benefícios de uma certificação não se limitam ao reconhecimento formal por parte de auditorias ou entidades setoriais. Na prática, propriedades certificadas tendem a acessar mercados mais exigentes, com melhor remuneração e contratos mais previsíveis. Isso permite planejar investimentos, negociar condições diferenciadas de financiamento e construir relacionamentos comerciais duradouros. Em muitos casos, a própria organização interna exigida pela certificação resulta em redução de custos, melhor uso de insumos e aumento de produtividade.
Outro ganho relevante é a reputação, isso porque, em um contexto em que o agronegócio está no centro do debate público sobre mudanças climáticas e uso do território, produtores que demonstram compromisso com critérios ambientais e sociais tornam-se referências positivas em suas regiões.
@aldovendramin
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Esse tipo de reconhecimento fortalece a imagem não apenas da propriedade, mas de toda a cadeia com a qual ela se relaciona, abrindo espaço para projetos coletivos, parcerias com empresas e participação em iniciativas ligadas à inovação, pesquisa e desenvolvimento sustentável, como menciona Aldo Vendramin.
Certificação, sucessão e futuro do agronegócio
A adoção de certificações ambientais também dialoga com a sucessão familiar e o futuro das propriedades rurais. Processos documentados, indicadores de desempenho, metas claras e rotinas bem definidas criam um ambiente mais profissional, no qual as novas gerações conseguem entender melhor o negócio e enxergar perspectiva de continuidade. Para muitos jovens, ver que a atividade rural está alinhada com sustentabilidade, tecnologia e governança é um incentivo para permanecer no campo e contribuir com novas ideias.
Nesse cenário, Aldo Vendramin considera que certificações e sustentabilidade deixarão cada vez mais de ser um tema restrito a grandes grupos e passarão a fazer parte da realidade de propriedades de diferentes portes. Ao integrar responsabilidade ambiental, solidez econômica e visão de longo prazo, o agronegócio se torna mais preparado para enfrentar oscilações de mercado, pressões regulatórias e desafios climáticos, mantendo sua relevância e capacidade de gerar renda, emprego e desenvolvimento para o país.
Autor: Pavel Novikov
