Recebíveis digitais e tokenização: o futuro dos ativos em fundos de investimento

Pavel Novikov
Por Pavel Novikov
Rodrigo Balassiano explica como a tokenização e os recebíveis digitais estão transformando a forma de investir em fundos.

A integração entre tecnologia e mercado financeiro tem redefinido a forma como os ativos são estruturados e negociados. De acordo com Rodrigo Balassiano, o avanço dos recebíveis digitais e da tokenização marca um novo capítulo na evolução dos fundos de investimento, especialmente aqueles voltados a ativos estruturados. Esse movimento amplia a eficiência operacional, reduz custos e aumenta a transparência — características que apontam para uma transformação profunda na indústria de fundos.

O que são recebíveis digitais e como se relacionam aos fundos de investimento

Os recebíveis digitais são instrumentos financeiros representados em formato eletrônico, com registro em sistemas que permitem rastreabilidade e validação em tempo real. No contexto dos fundos de investimento, eles surgem como uma alternativa moderna aos recebíveis tradicionais, que ainda dependem de processos burocráticos e documentação física.

Conforme Rodrigo Balassiano, a digitalização desses ativos traz ganhos significativos de agilidade e segurança. A automatização do registro e da liquidação reduz o risco de fraude, melhora o controle de fluxo de caixa e facilita o monitoramento das operações pelos gestores. Além disso, permite que fundos especializados em crédito privado ou estruturado tenham acesso a uma base mais ampla de oportunidades de investimento, com informações mais precisas e auditáveis.

O futuro dos fundos passa pelos ativos digitais: Rodrigo Balassiano analisa o impacto da tokenização nos investimentos.
O futuro dos fundos passa pelos ativos digitais: Rodrigo Balassiano analisa o impacto da tokenização nos investimentos.

Tokenização de ativos: inovação e democratização de investimentos

A tokenização é o processo de converter ativos reais — como recebíveis, imóveis ou participações societárias — em tokens digitais, que podem ser negociados em plataformas baseadas em blockchain. Essa tecnologia viabiliza a fragmentação de ativos, permitindo que investidores participem de aplicações antes restritas a grandes instituições.

Conforme explica Rodrigo Balassiano, a tokenização não apenas amplia o acesso, mas também melhora a liquidez do mercado. Um recebível tokenizado pode ser negociado de forma quase instantânea, sem depender de intermediários tradicionais, o que representa um avanço significativo em termos de eficiência. Além disso, o uso de contratos inteligentes (smart contracts) garante que as condições de pagamento, vencimento e rentabilidade sejam executadas automaticamente, reduzindo custos administrativos e riscos operacionais.

Fundos de investimento e a incorporação da tokenização

Os fundos de investimento estão entre os principais beneficiários da tokenização. Com a possibilidade de incluir tokens representativos de recebíveis digitais em suas carteiras, gestores ganham flexibilidade para diversificar ativos e oferecer produtos mais sofisticados ao mercado.

Segundo Rodrigo Balassiano, esse modelo cria novas oportunidades de estruturação, especialmente para fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) e fundos de investimento em participações (FIPs). A tokenização permite maior transparência sobre a composição das carteiras e reduz o tempo necessário para o registro e a transferência de cotas. Além disso, contribui para o aprimoramento da governança e para a mitigação de riscos associados à origem e à rastreabilidade dos recebíveis.

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Rodrigo Balassiano Ensina: ICVM 175 e o Futuro dos Fundos Estruturados Rodrigo Balassiano desvenda como a Resolução CVM 175 moderniza fundos estruturados, trazendo segurança com responsabilidade limitada dos cotistas e transparência nas taxas. Com exemplos práticos, Rodrigo Balassiano mostra como investidores podem se beneficiar de FIDCs e FIIs em um mercado mais competitivo e regulamentado. #RodrigoBalassiano #QueméRodrigoBalassiano #OqueaconteceucomRodrigoBalassiano

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Desafios regulatórios e o papel da ICVM 175

Apesar das vantagens, a adoção de recebíveis digitais e tokens ainda enfrenta desafios regulatórios. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da ICVM 175, estabeleceu diretrizes importantes para a digitalização e o registro de ativos, mas o avanço completo da tokenização depende de um ambiente jurídico mais consolidado.

De acordo com Rodrigo Balassiano, o desafio está em equilibrar inovação e segurança jurídica. É necessário garantir que as plataformas de tokenização sigam padrões de governança compatíveis com o mercado regulado, de modo que os investidores tenham a mesma proteção existente nos fundos tradicionais. Ainda assim, o avanço das fintechs e o engajamento das entidades reguladoras indicam que o Brasil está no caminho certo para consolidar um ecossistema de ativos digitais robusto e confiável.

O futuro dos fundos tokenizados

A tendência é que, nos próximos anos, fundos com ativos tokenizados se tornem cada vez mais comuns. A combinação entre blockchain, contratos inteligentes e sistemas de registro digital promete transformar a gestão de fundos em um processo mais automatizado e transparente.

Conforme ressalta Rodrigo Balassiano, essa transformação não é apenas tecnológica, mas também cultural. O investidor passa a valorizar mais a rastreabilidade e a eficiência, enquanto os gestores precisam desenvolver novas competências para lidar com dados em tempo real e modelos baseados em blockchain. A integração entre tecnologia e finanças, portanto, redefine não apenas os produtos, mas a própria dinâmica do mercado.

Conclusão

Os recebíveis digitais e a tokenização representam uma revolução silenciosa, mas de grande impacto para os fundos de investimento. Ao combinar segurança, eficiência e transparência, esses instrumentos abrem caminho para uma nova era de inovação financeira.

O desafio está em garantir que a regulamentação acompanhe o ritmo das transformações tecnológicas, permitindo que gestores e investidores aproveitem todo o potencial dessa evolução. A digitalização dos ativos não é mais uma tendência futura — é uma realidade em expansão, que redefine as bases de confiança e governança no mercado financeiro moderno.

Autor : Pavel Novikov

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